VIAGENS/ROLES: A ROTA DOS VINHOS EM SÃO ROQUE – PARTE 2

   07/01/2019
Autor: JRibeiro
 A ROTA DOS VINHOS EM SÃO ROQUE – PARTE 2


Depois de ler o artigo do nosso redator Eddie, fui conhecer a famosa cidade de São Roque, com uma robusta infraestrutura de Enoturismo (segmento da atividade turística que se baseia na viagem motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e das tradições e cultura de localidades onde produzem esta bebida, envolvendo o visitante na cultura e nos detalhes da bebida), um lugar com uma grande variedade de adegas e restaurantes, para todos turistas saborear aquela taça de vinho artesanal de sabor único, degustar excelentes queijos e passar ótimos momentos.

A cidade foi fundada na segunda metade do Século XVII pelo bandeirante Pedro Vaz de Barros - mais conhecido como Vaz-Guaçu , o qual era devoto do Santo São Roque.
São Roque manteve o título de “Terra do Vinho”, conquistado no final do Século 19 com a chegada dos imigrantes italianos e portugueses, e até hoje mantém uma tradição histórica de produção de vinho.

Visitei excelentes lugares como, a Vinícola XV de Novembro, Adega Terra do Vinho, Loja Vinícola Góes, Destilaria Stoliskoff, Restaurante Itacolomy e Adega Quinta do Olivardo.


Vinícola XV de Novembro


Uma vinícola com tradição familiar, cujo seu fundador Brasílio Augusto de Moraes, um dos mais antigos e reconhecidos vinhateiros do Município. Deu o nome de Vinícola XV de Novembro, em homenagem aos 60 anos da Proclamação da República do Brasil, comemorados em 1958, justamente quando iniciou a fabricação de vinhos no bairro Sorocamirim em São Roque. Hoje é comandada por seu filho Odilon de Moraes e seu neto Alex de Moraes e produzem uma variedade de uvas em seus parreirais.

Adega Terra do Vinho



A Família Oliveira Santos iniciou no mundo do vinho em 1966 e até hoje possui a cantina e espaço para degustação no local.

Na Adega Terra do Vinho, se encontra de vinhos de mesa a vinhos finos, mussarela com ervas, parmesão, lombinho com azeitonas e pimentas.

Destilaria Stoliskoff 

. A Stoliskoff, conta com diversos tipos de Vodka e outras bebidas. E também com a Cervejaria Beer One que produz chopp e cerveja artesanal com água de excelente qualidade e malte selecionado, proporcionando um sabor incomparável com seus ingredientes nobres.

Loja Vinícola Góes


A família de Gumercindo Góes, um dos pioneiros produtores de vinhos do país, desde 1938, mantém o mesmo cuidado artesanal, priorizando a qualidade e a tradição, da produção das uvas à elaboração de seus vinhos e espumantes, a Vinícola Góes possui um design de um enorme casarão em estilo português, além de ser um ambiente encantador é uma das grandes produtoras de vinhos no Brasil.
  
Restaurante Itacolomy


Uma tradição em comida caseira típica brasileira, preparada em fogão a lenha com diversas opções de carnes e refogados diários, um ótimo arroz com feijão mantendo a tradição rural da cidade, além da completa salada orgânica colhida diariamente da própria horta da casa.

Possuí um ambiente bem agradável e tranqüilo, com uma vista privilegiada e panorâmica da Ferrovia de São Roque.


Adega Quinta do Olivardo


A Quinta do Olivardo é responsável pela produção artesanal de um dos melhores vinhos da região, é uma atração turística pela boa comida, ambiente acolhedor e também pela paisagem exuberante. O clima serrano com seus parreirais de diversos tipos de uvas e seus cenários rurais remete ao clima da Ilha da Madeira, em Portugal, onde o proprietário Olivardo Saqui buscou inspiração para construir um dos locais mais visitados da Estrada do Vinho.

Além dos vinhos de fabricação própria, tem uma variedade de itens deliciosos, como sucos de uva, pingas, cachaças e licores artesanais, doces portugueses, doces e conservas da região, embutidos, uma pequena fábrica de pastéis de nata (famosos pasteizinhos de Belém), louças portuguesas e galos de Barcelos.

Segue a narração da lenda do Galo de Barcelos



Narra a intervenção milagrosa de um galo morto na prova da inocência de um homem erradamente acusado. Está associada ao monumento seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico, situado no Paço dos Condes de Barcelos.
Um dia, os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime, o qual ainda não se tinha descoberto o criminoso e um certo dia apareceu um suspeito e as autoridades resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência, que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, para cumprir sua promessa.
Condenado à forca, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do mesmo, o qual fazia um banquete para os amigos. O suspeito voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou:
- "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem!
O juiz ignorou o apelo, mas quando o peregrino estava prestes a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou.
Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o homem havia se salvado graças a um nó mal feito e foi imediatamente solto.
Alguns anos mais tarde, o homem voltou a Barcelos para esculpir o Monumento do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a Santiago Maior, monumento que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos

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