14/07/2018
AUTO: JRibeiro
Olá pessoal!
Neste friozinho de
Inverno, tem coisa melhor que se aquecer com um bom vinho!
Hoje vou
compartilhar com vocês um pouquinho da história desse presente dos deuses.
A História do Vinho
A origem histórica do
vinho é quase impossível dar-se com precisão, devido sua fermentação ser um
processo natural que pode ter ocorrido da mesma maneira em diversos lugares do
mundo.
Pois cada
civilização na antiguidade clássica tem a sua própria história do vinho. Até
mesmo é mencionada na Bíblia, onde Noé fez o plantio da primeira videira. E
também entre 1000 e 3000 a.C. os egípcios já produziam imagens do cultivo e
celebração á bebida.
Historiadores
estipulam que o vinho tenha surgido ainda na Pré História, com a descoberta da
agricultura e a sedentarização das populações.
O vinho
também era oferecido aos deuses como tributo pelos faraós, era utilizado em
rituais pelos sacerdotes egípcios, e o seu consumo não era permitido para a
população de classes mais baixas.
O vinho deu
impulso ao comércio egípcio, junto à produção do azeite de oliva, sendo levado pela
Civilização Fenícia para Europa Mediterrânea, África Central e Ásia chegando a
Grécia a cerca de 2000 a.C.
Devido ao
grande aumento do cultivo de videiras pelos gregos, eles que levaram as
primeiras mudas de vinha para a Itália, a Sicília, e também para Marselha (futuro
território francês). Roma e
sua assimilação da cultura grega também vieram ao vinho, que passou a ser
cultivado tanto no interior do império quanto em novas regiões conquistadas. As
vinhas eram levadas como mais uma forma de impor a sua cultura e costumes sobre
os povos subjugados, chegando ao povo de classes baixas.
Foi através
dos romanos que o cultivo de vinhas alcançou a Grã-Bretanha, a Germânia (futura
Alemanha), e o território da Gália, onde seriam plantadas, dentre outras localidades,
na região que viria a se tornar a toda poderosa viticultora Bordeaux.
Os vinhos
prediletos da época, eram os doces. Suas colheitas eram realizadas no momento
mais tardio de maturação dos frutos nos parreirais, ou ainda com o fruto verde,
que depois era deixado ao sol para a apuração dos açúcares. E, diferente dos
gregos, que faziam a armazenagem e maturação dos vinhos em ânforas, os romanos os
armazenavam em barris de carvalho, e ainda a tradição é mantida na França e na
Itália e é imitada pelo mundo inteiro.
Devido ao declínio do Império Romano, iniciado com a divisão
dos impérios Oriental e Ocidental, e concretizado ao final do período de
invasões bárbaras, a produção vinícola se tornou cara e praticamente inviável
na maior parte do território.
Em torno
do século V, com a ascensão da Igreja Católica, o vinho ganhou renovada força,
como parte importante da liturgia, como no sacramento eucarístico, como também
para o consumo dos próprios monges.
A
medicina também dava seus primeiros passos em direção à admiração pelos vinhos
durante a Idade Média: a bebida, aromatizada, possuidora de propriedades
curativas para as mais diversas doenças.
Com as
Cruzadas encerrando o domínio árabe sobre a costa da Europa e da África,
iniciou-se o período das grandes navegações. O próprio Cristóvão Colombo teria
levado uvas às Antilhas, no ano de 1493, que foram posteriormente espalhadas
pelo México, Estados Unidos e para as colônias espanholas da America do Sul.
Em torno
de 1532 as primeiras videiras foram plantadas na capitania de São Vicente
(Brasil), para depois serem introduzidas nas demais regiões do país. Estas
culturas eram da variedade vitis vinífera (de origem Européia)
Apesar de
a Revolução Industrial ter prejudicado a produção vinícola mundial implementando
a produção em massa, visando apenas à quantidade sem dar importância à
qualidade, felizmente ainda existem as velhas tradições que se mantiveram vivas
através dos séculos continuam valorizando e transformando a simples uva numa
verdadeira preciosidade.
Referências Bibliográficas
Comentários
Postar um comentário
E ai o que você esta achando?