Faltou Grandeza: Quando o artista vira refém do “aceita-me”, a arte morre

 

Autor: Aichan

Faltou Grandeza: quando o artista vira refém do “aceita-me”


Nos últimos dias, o cantor Toni Garrido virou assunto nas redes depois de mudar um trecho da música Girassol, do Cidade Negra.

Ele trocou o verso “tem que ter a grandeza de um menino” por “de uma menina, de uma mulher”, justificando que o original soava “machista”.

A intenção pode até ter sido boa — mas, pra mim, faltou grandeza.


Explicarei melhor...

A arte é, por natureza, inquieta, provocadora e livre.

Ela nasce do desconforto e do desejo de dizer algo — e nem sempre esse “algo” é bonito, polido ou politicamente correto.

Quando o artista começa a mudar sua letra, seu texto ou sua essência só pra agradar o público, algo se perde.

É nesse momento que o som do aplauso começa a valer mais que a verdade da voz.

Criar é desafiar o mundo, não bajulá-lo.

É fazer pensar, é incomodar.

A arte nunca foi feita pra caber em caixinhas nem pra ser aprovada por todo mundo — e tudo bem.

O valor dela está justamente em despertar sentimentos, mesmo que sejam contraditórios.

Quando o medo de ofender pesa mais que a coragem de se expressar, a canção vira ruído, a palavra perde força, e o artista vira refém do “aceita-me”.

E quando isso acontece, a arte começa a morrer — não porque o público deixou de gostar, mas porque o criador deixou de ser verdadeiro.

A grandeza do artista não está em agradar.

Está em continuar sendo autêntico, mesmo quando o mundo prefere máscaras.


💬 E você, o que acha?

A arte deve se adaptar ao público — ou o público é que precisa aprender a respeitar a arte?

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